Após passar o segundo semestre de 2020 ignorando as ofertas de vacinas da Pfizer, o presidente Jair Bolsonaro participou ontem de uma reunião virtual com o presidente da farmacêutica para a América Latina, Carlos Murillo. O objetivo foi tentar “antecipar ao máximo as doses contratadas”. A Pfizer tem compromisso de entregar 100 milhões de doses até setembro. Mas o governo, agora, quer que elas cheguem antes. (G1)
Enquanto isso... A CPI da Pandemia tem em mãos uma troca de e-mails mostrando o forte empenho do governo em obter cloroquina no exterior, mesmo depois de o medicamento ser descartado por autoridades sanitárias internacionais no tratamento da Covid. A ação contrasta com o pouco caso na aquisição de vacinas. (Estadão)
O relator Renan Calheiros (MDB-AL) disse que vai pedir ao presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), que passem a ser considerados investigados os ex-ministros da Saúde Eduardo Pazuello e das Relações Exteriores Ernesto Araújo e o ex-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten. (UOL)
Em mais uma polêmica, Aziz informou que a comissão vai rejeitar o pedido do empresário bolsonarista Carlos Wizard para prestar depoimento por vídeo conferência. Segundo seus advogados, Wizard, suspeito de integrar o “gabinete paralelo”, está nos EUA “acompanhando tratamento médico de familiar”. (G1)
Mas a CPI sofreu um duplo revés ontem. O ministro do STF Kássio Nunes Marques suspendeu as quebras dos sigilos de Élcio Franco, ex-secretário executivo do Ministério da Saúde, e Hélio Angotti Neto, secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde. Mais cedo, o ministro Luiz Roberto Barroso tomou decisão igual beneficiando outros dois servidores do ministério. (Poder360)
Só que o governo também teve más notícias. Segundo Bela Megale, o TCU criou uma comissão “linha duríssima” para investigar o auditor Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques, afastado na semana passada. Ele é suspeito de ter elaborado e inserido no sistema da Corte um relatório com dados distorcidos insinuando haver supernotificação de mortes por Covid-19. (Globo)

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