A memória da cidade do Crato no século passado está intimamente ligada à história do Colégio Diocesano, nas suas dependências passaram personalidades importantes, seja no seu quadro de funcionários ou seja pelos alunos que por ali iniciaram seus estudos até a conclusão do curso científico que hoje conhecemos como nível médio. 








O Colégio Diocesano do Crato foi a principal instituição de ensino do Cariri a se dedicar à formação de boa parte da elite da região, do sul do Ceará e de estados vizinhos, comprovando por seis décadas a forte atuação da igreja católica junto à comunidade. Personagens importantes neste processo como Padre Pita, seu fundador, Monsenhor Joviniano Barreto, Padre Davi Moreira e Monsenhor desempenharam um papel fundamental na consolidação do Colégio Diocesano como uma instituição de reconhecido valor sócio educativo e cultural no município do Crato.



Neste primeiro de março, ao completar 95 anos de existência, o Colégio Diocesano continua sendo fonte de inspiração para futuras gerações. Segundo o diretor Alisson Paiva, com o passar dos anos o Diocesano foi se adaptando às novas realidades, sem perder seu foco originário de formação.”Um fator preponderante para o sucesso desta nova gestão é o entendimento que a escola hoje, não é mais apenas um lugar de aprendizagem didática e pedagógica. Ela é um local de socialização, de aprendizagem, de entretenimento. O Colégio Diocesano tem por finalidade formar para a vida”, pontua.




Breve Histórico


Fundado em 1º de março de 1927, inicialmente chamado de Ginásio do Crato, o Colégio Diocesano se tornou referência no interior, numa época em que muitas pessoas deixavam o Cariri para estudar em Recife (PE). Até a década de 1980, a instituição só educava garotos – até adotar o ensino misto. Seu primeiro diretor foi o padre Francisco Pita, depois passou a ser administrado pelo monsenhor Joviniano Barreto, padre David Moreira e o monsenhor Montenegro, este último passou 52 anos na direção da escola.

Ali, foram formadas diversas pessoas ilustres, como educadores, embaixadores, militares, sacerdotes e políticos. Entre as personalidades, estão o ex-governador de Pernambuco, Miguel Arraes, o ex-governador do Ceará, Adauto Bezerra, o ex-governador do Piauí, Helvídio Nunes de Barros, o ex-governador de Alagoas, Muniz Falcão, e os ex-ministros João Gonçalves de Sousa e Humberto Barreto.