O procurador do Estado, Damião Tenório, ajuizou ação contra o município do Crato para a convocação de professores aprovados em concurso público realizado no ano de 2011. A informação foi dada pelo próprio procurador durante sessão da Câmara Municipal do Crato realizada, na manhã desta terça-feira (05/04), que tratou sobre a situação dos aprovados nos concursos públicos dos anos de 2011 e 2020.
O procurador demonstrou insatisfação ao tomar conhecimento de que o município estaria tratando com o Ministério Público da homologação e convocação de aprovados no certame de 2020. “Perdi a esperança na capacidade de dialogar do prefeito Zé Aílton. Se ele tomou essa decisão foi de forma calculada, porque sabe que a justiça demora, mas não tem problema eu sou bom de briga”, desabafou, complementando que quando entra numa briga só sai do outro lado ou com a vitória ou então sem a vida. Acrescentou que não acredita mais na boa fé do prefeito do Crato.
O procurador do município, Renan Xenofonte, que também participou da sessão, rechaçou as declarações do procurador Damião Tenório ponderando que a distância deste em relação aos fatos como ocorrem, levam a essa distorção de sentimentos do tratamento do prefeito com a população, exemplificando que todas as quartas-feiras são reservadas para que o gestor receba pessoalmente a população em seu gabinete.
O procurador Renan lembrou que o diálogo com os aprovados no concurso de 2011 foi aberto por iniciativa do presidente da Câmara Municipal do Crato, Florisval Coriolano, e em todos os momentos o prefeito José Aílton participou das discussões, ressaltando que o número de vagas para o concurso de 2020 levou em consideração o concurso de 2011, pois se a justiça decidir pela convocação dos aprovados não haverá nenhum impedimento de chamar também os que foram aprovados no certame de 2020. A explicação foi dada diante da colocação do procurador do Estado que na sua fala criticou a disposição do prefeito em convocar os aprovados no concurso mais recente e, posteriormente, na hipótese de a justiça determinar o ingresso dos aprovados no concurso anterior, poderia alegar impedimento, pois estaria ultrapassando o limite permitido pela lei de responsabilidade fiscal. Renan Xenofonte disse que tudo é feito de forma planejada e reiterou que a visão do procurador estadual Damião Tenório sobre o prefeito Zé Aílton causa estranheza porque não o conhece sendo sempre aberto ao diálogo.

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