Foto: Fabiane de Paulo
Os combustíveis deverão ficar mais caros no Ceará, mais uma vez, e a expectativa do mercado é que esses valores reajustados fiquem acima dos repasses realizados pela Petrobras.
De acordo com Antônio José Costa, assessor econômico do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Ceará (Sindipostos-CE), o preço médio de revenda do litro da gasolina poderá chegar a um patamar entre R$ 8,15 e R$ 8,20, enquanto o diesel pode chegar a custar mais de R$ 8,50.
Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio de revenda da gasolina no Ceará é, atualmente de R$ 7,373. Para o diesel, o valor é de R$ 7,287. Os dados foram coletados na semana entre os dias 5 e 11 de junho.
A previsão está baseada no último reajuste aplicado pela Petrobras, nesta sexta-feira (17), de 5,18% para a gasolina e 14,26% para o diesel nas refinarias, somado aos impactos gerados por custos no mercado local, considerando o peso das distribuidoras de combustível no Ceará. Esse cenário, segundo o assessor econômico poderá gerar um aumento 3 pontos percentuais acima do indicado pela Petrobras.
COMO O SETOR CALCULA O REPASSE
"O revendedor é um repassador de custos, então a previsão é que os reajustes sejam repassados à medida que os estoques estejam acabando. Mas a gente tem de calcular quanto que a distribuidora vai passar para o posto, e muitas estão passando mais do que o reajuste da Petrobras. Eu estou vendo 5%, mas muitas tivera aumentos antes, então teremos pelo menos mais 2% a 3%", explicou Antônio José.
"Eu acho que não passa muito disso na média, de R$ 8,15 e R$ 8,20, mas a concorrência faz baixar a margem de lucro e isso pode ser menor", completou.
Sobre o novo repasse da Petrobras, o vice-presidente do Sindipostos, Vicente Ferreira, afirmou que será preciso esperar e ver, de fato, as condições de mercado de cada posto no Estado. Mas ressaltou que o preço de combustíveis importados pelas distribuidoras também terão um peso importante para confirmação dos valores que serão vistos nas bombas a partir da próxima semana.
"São 5% na gasolina e quase 15% no diesel, mas as distribuidoras recebem cerca de 30% a 40% do combustível importado, devido à localização próxima aos Estados Unidos, e devem fazer um misto para recompor a margem deles. E eles já estavam dizendo terem um déficit de R$ 0,60. Então é difícil prever", afirmou Ferreira.
Fonte: DN

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